(S)arillo

Foram à Argentina
Pr’a buscar o Cervi,
Mas do que li
Da origem da “platina”
Er’a pois traversa
À sua moral,
Pois de “Portugal”
Não vinh’a remessa!

Viria d’a África,
Dita equatorial!
E nada de mal
Na sua falácia…
Pois qu’a origem
Não sendo suspeita,
Dá pois mais receita
Naquilo qu’exigem!

Não gostam de fundos
D’interesses conexos,
Pois que são avessos
A esses sub-mundos…
Mas sendo angolano
O novo capital,
Só pr’o Rosário Central
O dinheiro é estranho…

Vem pois, de países,
Tidos por “estrangeiros”
Nos meios financeiros…
Por falta de directrizes!
Ond’o dinheiro em excesso
Tend’a ser lavado,
Para ser “trocado”
No valor do “processo”!

Nisto é tudo lucro,
Nesses pareceres…
E em doutos saberes
Não há valor devoluto!
Qu’o Rojo vendido
Como seu titular,
Não têm qu’o pagar(!?)
Ao fundo-bandido!!

No relatório anual
Esse resultado,
É tido e achado
Como sem igual!!
Qu’em tanta liquidez
Sem s’aprovisionar
No que se julgar
Na voz do Juiz?

Em tanta jactância
Sobr’a polidez,
Uma e outra vez…
Esta excelência:
Perdend’o argentino
Já depois do grego,
Num desassossego
Tem-se um peruano…

Vai descarrilar
Outro grande “negócio”,
Pois qu’este sócio
Não vai “renovar”!
Já qu’o empresário
Se teve em cautela,
E não vai na esparrela
Nas contas d’outro rosário…

Pois que do Carrillo
Há muita gritaria!
Qu’até s’anuncia
Vir daí o “estrilho”!!
Já qu’o “padre Inácio”
Fala dum acordo,
Que de grosso modo
Fez disso prefácio!

Ao anunciar
O acordo selado,
Num aperto dado
Como lapidar!?
Qu’o ver o Jesus
No Ritz ao almoço,
Julguei ver o moço…
‘Assinar de cruz!

Há apreensão
Em Alvalade, à banda!
E quem por lá comanda
Tem voz de “leão”…
Ruge muito alto,
Mas ninguém assusta!
E nisto quem aposta
Dar o Carrill’o salto?

Carrillo

Juízo!

Só gera riqueza,
A SAD alfacinha!
Quisera-a por minha
Em tanta certeza…
Que só gera lucro
Nas suas contas!
Perdidas as montras,
E o Euro p’lo Escudo!?

E que capitais,
Que são positivos!
Não estavam perdidos,
Dizem os jornais…
Só vinte milhões,
Que faltam na rúbrica,
Qu’a audiência pública
Não terá penalizações!

É tido por seguro,
Vencer-se o processo!
Como estava em anexo,
O dinheiro futuro…
Que perdido em Moscovo
Não deixa pois mossa,
Pois há mais quem possa
C’o dinheiro do “povo”…

Que vindo do BES
Em trajecto d’Angola,
Pr’o mundo da bola!
É jogado c’os pés!?
E reinvestido
Num clube d’élite,
Não há pois “clubite”,
No Sobrinho envolvido…

De forma directa
Tal não s’investiu!
E o relatório previu
A entrada “correcta”!
Daí o resultado,
Que resulta em vinte!
E que só por acinte
O Sobrinho é achado!

E tudo auditado,
Por casas de respeito!
Pois valeu-se o direito
Por se ter perdoado…
O dinheiro em dívida
A tod’a essa banca,
Que lhes rest’a esperança
Pr’a lhes ser devolvida…

E da conversão
S’opera o milagre!
Qu’isto de quem sabe
É o “rugir do leão”…
Pois qu’essa dívida
Convertida em capital,
Apenas social…
Já se tem por perdida!

Tod’um artefacto
Esta reestruturação!
Que só sendo campeão
Gerará resultado…
Daí o desespero
Em financiar-se Jesus,
Que de lá venh’a luz
Onde falta o Euro…

E por pura cosmética
S’omitem previsões,
Que doutras transações
Com ausência d’ética,
Resultará em prejuízo
Que não sendo “previsto”,
Só se têm por revisto
Por sentença em Juízo!

Juízo