Os Deuses devem estar loucos!

Vai-se Jesus par’a Linha
Viver em casa de luxo!!
4 milhões, diz o Bruxo…
Por vista de bandeirinha!!

Tod’o mar mesm’à frente
Sem nada qu’o aborreça
Q’um barco qu’apareça
É logo marcado à tangente!!

Uma vista de Napoleão
No alto do promontório
Jesus chegou ao “calvário”
Pois rico, sem crucificação!!

Um general quer-se no topo
Da hierarquia social!
E qu’o retrato marcial
O mostre como filantropo!!

Jesus chegou ao estrelato
Tend’o Marco, por vizinho…
E o prédio feito por Sobrinho
É o símbolo do valor exacto!

Tod’um Banco nacional
Promovendo casas de luxo!
O BES já tinha caruncho
Mas de valor nominal…

E tudo se vai de benfica
Pr’a zonas mais endinheiradas
Até o Máxi-sarrafadas!!?
Directamente pr’a Invicta??

Só desce o Marco Ferreira
No seu património do apito
Com ele se perde esse mito
De ser árbitro de primeira!!

Então s’em duas derrotas
Do clube do nosso regime
O Marco cometeu tal crime…
Queria pois ter boas notas???

É árbitro pois de terceira
Veja-se a final da Taça!!
A nomeação teve graça…
O Marco a’pitar a fruteira!!

E apesar da debandada
Do clube do nosso regime…
O Jorge Ferreira está firme!!!!
Na equipa já formada!!

Junta-se ao bom do Paixão
E ao Mota de Vila Flor!
Ao Bruno, ao Duarte, ao andor!!!
E ao grande Capela, João!!!

Os Deuses devem estar loucos
Mas não com’a aquela estória
C’agora c’o Rui Vitória
Os muitos, seremos poucos??

A garrafa de Coca-Cola
Há muito foi inventada…
C’o Máxi à primeira “entrada”
Já foi expulso…e sem bola!! 🙂

Maxi sarrafadas

Manto sagrado

Nasceu criança
E tornou-se Deus!
Entr’os hebreus
Maior a esperança…

Nasceu sem roupa
Nesse deserto
E viveu sem tecto
A vida toda…

E morreu cedo
Sem ter legado
Manto ou cajado
Em espólio quedo

A nada aspirava
A não ser Justiça
Vivendo à justa
Não queria nada…

E pode qualquer manto
Ser assim, sagrado?
Mesmo d’encarnado
E a estender-se tanto?

Pod’a vestimenta
Que lá os protege
Ser dum herege
Cheio d’água benta!?

Pode esse manto
Ter-se por sagrado
Já que está dotado
De remédio-santo?

Por ser milagreiro
Nas horas d’aperto
Tem-se o manto perto…
Junto ao batoteiro?

Pode ser sagrado
Esse manto antigo
Como se fosse castigo
Lembrar-lh’o passado?

Quem se despojou
Dessa vã vaidade
Por tod’a eternidade
Nunca um manto usou!!

Pois outro Jesus
Faz bem dele uso!
E por sagrado, é escuso
A morrer na cruz!

E mesmo assim
Tem-se por profeta!?
Mesmo se não acerta
Outra vez, no fim?…

jorge-jesus-manto-sagrado

Anatomia dum grito

Já foi divulgado
O tal relatório
Que d’acusatório
Teve um só culpado!

Qu’o outro inocente
Pagou alguns euros
Pelos demais erros
Por reincidente!!?

E nist’o grito
“Escutado” no campo
É que causa espanto
No qu’está lá escrito:

“Marc’a falta…
Ó Filho da P***!”
É grav’a conduta
No jogo d’o empata…

E ainda sabendo
Que vinha massacre
Na segunda parte…
O grito é estupendo!!

Que nisto foi forte
E escutado a léguas
E fora das regras
Ouviu-se a norte…

E até o Jorge
Que pouco escuta…
Do “Filho da P***”
Escutou-o ao longe…

“Foi muito feio
O que lá foi dito…”
Por isso esse grito
Resultou em cheio!!

Pois foi o único
Que deu encarnado!!
O qu’é bem jogado
Num campeonato púdico…

Pois tal não s’ouve
Nunca em qualquer campo
E daí esse espanto!!
No bem que nos soube…

Se fosse expulso
Um jogador contrário
P’lo mesmo vocabulário…
Qual o grito de recurso?

O que diri’o papagaio
Vindo da Televisão
Nessa sua (re)criação
De programa sem ensaio?

Inventaria o sistema
Depois do vangloriar?
Quando estav’a preparar
O programa por antena?

Lembraria as conquistas
Do seu adversário
Já não como corolário
De vitórias nunca vistas?

Ou por lá chamaria
O papagaio de recurso
Pr’a gritar por esse abuso
Nas vitórias qu’ele queria?

Há pois, uma conclusão
N’anatomia deste grito
O benfica está aflito
E já grita sem razão…

Ao voarem os papagaios
Tem-se a casa em alvoroço!
Não s’é um “glorioso”
Sem se grasnar estes ensaios…

Eles estão preocupados
Pois o roubo é descarado!
E s’o benfica é roubado
Já lá ficam depenados…

Pois que s’aproxima
Esse jogo fatídico
E s’o Porto elev’o grito
Baix’a voz de quem “opina”…

Joker-Scream

“Codrilhice”

Zangam-s’as comadres
Na bairro das Telheiras
E gritam, “codrilheiras”
As suas únicas verdades:

Que querem o domínio
Do futebol português!!
Cada um por sua vez…
E ao Porto, o declínio!

Na adulteração
Desses resultados
Que intercalados…
Dariam campeão!!

Mas o que se lê
Pois, dessa denúncia
É uma vaga notícia…
De que se não se crê!!

Qu’o “Presidente sem medo”
Já esteja demente
Tão novo, o dirigente
Pr’a apontar o dedo!!?

E logo ao benfica
E ao seu presidente?!
É inconsequente
Não passa de trica!?

E a gravidade
Do que se lhe aponta
Na resposta pronta:
É a insanidade?

Todas as conversas
Das ditas comadres
Já não são verdades
Mesmo se confessas?!

E o que ressalta
Dos ditos “jornais”:
Pecados capitais?
Só mesm’os do Papa!!

Pois é o enfoque
Desses “desportivos”
Que de tão permissivos…
Acusam o toque!!

E da gravidade
Do que então é dito
Não passam do mito…
Quanto mais da verdade?

O que lhes interessa
A corrupção?
Ou a adulteração
Do jogo à cabeça?

Ou as ameaças
À sua vida e família
Como se fosse quezília
Por causa de faixas?

Porque não interessa
Levantar poeira
Qu’isto é só “asneira”
Escrita sem cabeça!!

A corrupção
Aí denunciada
Vai ser investigada
Por procuração?

Ou vai-se tomar
As afirmações públicas
Como coisas lúdicas
Para se “informar”?

A D. Morgado
Vai montar processo?
Investigar, por conexo
Este novo caso?

Ou não vai dar relevo
Como fez “A Bola”
Tomando por tola
A declaração “sem medo”?

No qu’é que se fica
Depois do que foi escrito?
É dito por não dito
Ou ganh’o benfica?

Facebook...

Septuagenário

Na Travessa da Queimada
Festeja-se aniversário
É um Septuagenário
“A Bola” quadrada!

É um desportivo
De tiragem diária
E por parafernália
Tem um largo arquivo!

Tido com’a Bíblia
Do desporto luso
Não é um abuso
Ser agora mídia!

Já tem televisão
Pr’a se comentar
O tema nuclear:
A agremiação!

Pois só dá benfica
No célebre pasquim
E viver assim
Tant’o dignifica!

Presta-se homenagem
Ao grande pasquim
Não há nenhum assim
Nem por amostragem!

Pois tendo-se isento
Tem lá o Delgado!
Que d’encarnado…
Tem só cem por cento!

E o bom do Guerra?
Perfeito cronista!
Não é benfiquista!!?…
Ainda qu’o quisera!…

Pois o director
Garant’o pluralismo!?
E o benfiquismo
É só do criador…

Pois que n’aurora
Dessa criação
O pasquim d’então
Era como agora!!

Jornal do povo
C’a chancela do poder
E assim envelhecer
Como algo de novo!?

Era Imperial
Na gloriosa “Roma”
Lisboa er’a soma
De tod’o Portugal!

Lá escrevia épicos
À moda de Virgílio
Como se no idílio
Não houvesse éticos!

Esses imperativos
De consciência
A qu’a mesma imprensa
Tem por permissivos…

Pois o qu’importa
É vender notícias
Ou inventar perícias
na sua letra morta!

Ser interveniente
Numa “investigação”
Para dar a razão
Ao seu “inocente”!

Ou criar campanhas
Para s’ilustrar
Que pr’a s’enganar
Lhe bastam patranhas!

E nessa hipocrisia
Vai o “belenense” Serpa
À homenagem aberta
Que Pedroto quereria?

É só futebol…
Qu’a vida continua!
Qu’o pasquim na rua
Não vale um caracol…

bolas

Paixão ou amor?

O que é a paixão
Senã’o desconcerto
De peito aberto
À desilusão?

Ter na decisão
D’esquecer ‘amada
A decisão revogada…
Por pura paixão?

Decidir inverter
Essa resolução!
Por amor, c’a paixão
Nos impede de ver!

Só o amor é eterno
C’a paixão é fugaz
E por si bem capaz (de)
Ter no céu, o inferno!

Por volúpia, ilusão
Falseamos o jogo
Tudo vale como fogo
Pr’a mentir à tesão!

E n’ânsia, a mentira
Descobre-nos errante
Não se é um amante
S’a paixão nos delira!?

É certo qu’o ladrão
Também pode amar!
E se nisso apitar
Pode ser por Paixão?

E se na paixão voraz
Ele se mostrar precoce
E num segund’o doce
Essa volúpia jaz?

E se na evidência
Duma cópula segura
Essa tesão perdura
Por falta de potência?

E se for consumada
C’ajuda do vizinho
Pois ele, sozinho
Não dá conta d’amada?

E se vier de fora
Essa decisão do coito
E quase ao minuto oito!!?
O coito ainda demora?

É ânsia de paixão
Ou de amor se trata
Se perde ou empata
Por penalização!?

A Paixão desvirtua
Essa palavra Amor!
Por falta de pudor
A sua faceta é nua!

Mas é humano trato
Em mundo d’imperfeição
E nisto vej’a razão
Da Paixão ser árbitro:

Que não podendo amar
Por falta d’emoção
Lhe sobre essa paixão
Par’o amor roubar!?

E por pura excitação
Atente pois no pudor
Exibindo “amor”
Só por recreação!?

E por exibicionismo
Mostr’a sua jactância!
Em fraca protuberância
Do glorioso “nanismo”…

Atentado ao pudor

Na Relação dos túneis

E da luz, há quem visse
Que não há fora-de-jogo!?
E o Paixão soube-o logo
Daí ter marcado pé-em-riste!

Pois o Jardel c’a cabeça
Sofreu falta atacante
Pois estava perto, o bastante
Pr’a ser comido em ligeireza….

E como seguia isolado
O jogador do Nacional
O assistente fez sinal
Pr’a lembrar o pé levantado!?

E na dúvida, o Paixão
Ainda veio d’encontro à lateral
E ali lhe fez um sinal…
Qu’era boa a marcação!?

E ainda se ri o jurista
Qu’um dia foi “nosso” político:
Roubar por roubar, é gratuito
Roubar pr’a ganhar, é conquista!

Todas as semanas o de sempre
No roubo “normal” pr’o regime!
Qu’a boa sentença dá crime
E se arquivada já mente!

É assim a “justiça” do Silva
Nos proveitos da Relação…
Onde por obra da provocação
Tiveram do túnel, a pildra!

Assim lá venceram o ceptro
Suspendendo o melhor jogador
Por esse ponta-doutor…
Um campeonato limpo e correcto!

Os jogadores agiram bem
Pois eu faria o mesmo!
Gozados por um estafermo
Na trama, sabemos de quem!

Por isso a condenação
Caiu em saco rôto…
O Sandro levou no escroto
Confirmou-o a Relação!

Algumas lá se perderam…
As que cairam no chão!
Do túnel, diz a Relação
Os Stewards algumas comeram!

O túnel sai revigorado
Na sentença do tribunal
Qu’o Costa condenou igual…
No campeonato então viciado!

E nisto se lembra do acto
O Silva lá no seu mural
É o seu habitat natural…
Um túnel a lembrar o mato!

Cada MACACO no seu galho!
Cada MACACO no seu galho!

A arte do apito

Que dele há caso
Diz quem o chora!
E a imprensa adora
O resultado escasso…

Por isso empola
O Conceição!
Que com razão
O penálti implora!

Mas o que dizer
Dos outros lances?
Que estão tão distantes…
Que não podem ser!?

A jogada na área
Do Braga
C’o toque qu’afaga
A queda “voluntária”?

Ou aquele remate
Defendido c’o “peito”
Que deu muito jeito
Pr’a manter o empate?

Ainda se fala do Proença
Depois de ver o Miguel?
Um Ângelo c’o pincel
Em plena Renascença!?

O que dizer do Pereira
Nesse abraço apertado
Quase de braço dado…
Julgado por fiteira?

E aquele Tackle por detrás
Do grego caceteiro?
O jogador ficou inteiro…
E o amarelo satisfaz!!

Se fosse no Dragão
C’o Justiceiro de Fafe...
Não havia gafe
Era vermelhão!!!

Assim se sentencia
Um campeonato inteiro
Pois quem vai em primeiro
Lá serve de guia!

Quanta diferença
O apito faz
No bem que nos faz
A arbitragem “isenta”!

Depois é vê-los
A passear na Europa
No qu’esta batota
Nos leva a perdê-los!

E mantendo a distância
S’aposta na Liga
Qu’a Europa castiga…
No apito, a equidistância!

E disso se queixam
No regresso à cidade
Que já tinham saudade
Do qu’os árbitros deixam!

Por isso é pontapear
Jogadores em tackle
E deixar o Maxi
Mais 300 sem s’expulsar!

Qu’a verdade desportiva
Só tem um sentido!
Pois isso é sabido
Na arte de quem apita…

O algodão não engana...
O algodão não engana…

D’Artagnan

À noite, à tarde e de manhã
Duelos evitados por um triz…
Com Porthos, Athos e Aramis
Queria bater-se D’Artagnan!?

Oriundo de terra moura
Terra de “espadachins”…
De Lisboa, está nos confins
Conhecida por Amadora!

Onde este vosso poeta
Serviu em Regimento
Em tantas noites ao relento…
Com arma e baioneta!

Pois não se sabia
Quando vinha de lá o “inimigo”
Metido eu no postigo
De noite até ser dia…

Aquilo que se suspeitava
Da táctica do adversário
Er’a o seu meio “literário”
Na cultura que de lá emanava…

E usavam da letra e verbo
Pr’a atacar d’imprevisto
C’o Conde de Monte Cristo
Ou o Homem da Máscara de Ferro!

Usando deste complot
Arregimentavam-se ordeiros
D’Artagnan e os Três Mosqueteiros
E ainda a Rainha Margot!

Era tant’a cultura
De Dumas e Dumas filho
Que só de dedo no gatilho
Aguentaria tal tortura!

Por isso se compreende
A propensão pr’o duelo
De quem tem na venta, pêlo
E no romance, surpreende!

O verbo é o seu ataque
Em frases d’estarrecer…
E ninguém o pode prender
Nas palavras com que nos bate!

E s’usar do punho
Contr’a jogador ou polícia
Não há qualquer pericia
Nem ponta de testemunho!

A sua cultura é tão vasta
Que luta sempre sozinho
Mesmo d’encontro ao Mourinho
Qu’é génio de pura casta!

E o Dicionário reluz
Nas obras arremessadas!
Que são verdadeiras cruzadas
Vencidas pois, por Jesus!

Tanto duelo vencido
Em tantas terras e palcos
Que de D’Artagnan, novos actos
Só no campeonato resolvido!

Qu’em cada semana o verbo
É enchido por outro Dumas
Em novas obras póstumas
Sem margem de sobra ou erro!

O herói sempre se salva
Desses duelos fatídicos!
Em tantos actos atípicos
Mesmo no fio da espada!

Há sempre um acto divino
Que salv’o herói da cruz!
Que se D’Artagnan fosse Jesus
Diria-o seu paladino!

Romances de Cavalaria
Em cada jornada que passa
Que não há lance que faça
Justiça à categoria!

Dos arautos qu’o protegem
Nessas lutas, no flanco!
São uns anjos de branco
Ou de vermelho resplandecem!

E se servirem de preto
São os justiceiros da Liga!
Que servem, há quem o diga
A Ordem do Figueiredo!

Que luta c’os d’Amadora
Contr’a hegemonia do Porto!
Por Dumas, até ser morto
Criando obra duradoura…

E nisso lev’o seu pagem
O condestável do Funchal
Que num acto eleitoral
Nos deu tão forte imagem!

Uma amálgama d’heróis
Provindos de terra santa
Qu’até Dumas se levanta
De-baixo desses “lençóis”!

Os três mosqueteiros! (Só falta o D'artagnan)
Os três mosqueteiros! (Só falta o D’artagnan)