Escorregão?

Depois de ganh’a aposta
Desse jogo na Europa,
Foi o sporting a Arouca
Vencer como mais gosta!

C’o golo aos noventa
E o pénalti perdoado!
E o jogo falseado
Na Tv por quem comenta….

E não viram essa falta
Evidente e escandalosa!
E o árbitro, vista-grossa,
Pois o Naldo é pernalta!

E caindo no terreno
Projectou-se ao avançado…
E na cabeça foi tocado,
Nesse corte quase pleno!

Qu’ele queria ir à bola
Diz o homem na TV!
O adversário é que não vê
Essa cor da camisola…

E na falta bem marcada
Do juiz contr’o Arouca,
É tão só na cor da roupa
Qu’a mesma é ajuizada…

Se foss’ao ao inverso
E o Naldo fosse ceifado,
Pelo corte “debruçado”
Quem ficaria perplexo?

E nessa recta final
Ganhass’o assim o jogo,
Numa falta, cujo logro,
É não dar expulsão igual!!

Pois o vermelho directo
Perante o golo eminente,
Contr’o sporting é diferente…
S’o corte não for erecto!

E se nele “escorregar”,
O defesa por “placagem”,
Toda essa abordagem
Ao lance é de louvar…

Evita-se assim o golo
Num lance que deu falta!?
Ao contrário, mas que lata!!
Este Cosme não é tolo….

Qu’o Jesus sab’o segredo
Daquilo do ano passado…
E o Cosme, preocupado,
Iria “errar” por seu dedo?

Nunca se sab’o que sabe
O mentor desse “colinho”,
E este ano, o desalinho,
É não vencer o d’Alvalade!

Por isso é bem apitar,
Por conselho do Conselho,
Qu’o seguro morreu de velho,
E o Naldo só quis “jogar”…

Joker

Penalti
Escorregão! 🙂

Aberração

E o visado respondeu,
Nesse contraditório!
Motivando o falatório
Nos três pontos qu’escreveu:

“S’a razão é da estrutura
E pois dela é o segredo,
Como se joga pois, a medo
Contr’a própria criatura?

É porque feit’a mudança
O monstro ganhou intelecto,
E o médico qu’estava certo…
Da fórmula, ganhou cagança?

E nisto a aberração
Tomou mais do qu’a vitória,
Ganhou um lugar na história,
Vencendo como vilão!!”

E a história que de terror
Se verteu num conto de riso,
Aos três, pareceu conciso,
Na resposta como relator!

Os pontos foram sapientes
Na fórmula por si ensaiada,
E passa mais um jornada
No cúmulo, por inconsequentes?

É vê-lo a olho nu
Tomando já o fim da história,
Qu’o monstro leva moratória
Pr’a vencer já como guru!

E assim é apreciar
Os cientistas da nossa praça,
Tomarem toda aquela graça
De qu’o monstro não sabe falar!?

E assim seguirem convictos
Que caçam essa (sua) criação!
E o monstro seguir campeão,
É história qu’os leva aflitos!!

Não tenho, pr’a meu desengano,
A dúvida sobr’o desenlace…
Ao monstro não há quem o encalce
Até se volver humano!!

E depois temos que levar,
Qu’o médico já re-transformado!?
Criando novo monstro jogado
No mito qu’ainda vai durar…

Ao Lope já m’abstenho
No mito da sua criatura,
Qu’o jogo ainda s’atura,
Mas se com isso não ganho??

Não sei mais o que criar
Nas pontas desta minha estória,
S’ao monstro não lhe dou a glória,
Que mais posso eu contar???

O mote desta criação,
Não pode fugir ao seu destino!
E o poeta tem-se sem o tino
Se molda outra aberração!!…

Joker

Aberração

O processo

Está a um euro, por cabeça
O pedido d’indemnização,
Que lá ped’a instituição
Ao Jesus como sentença!

E é desse somatório
Pelo número d’adeptos…
Qu’esses números, por correctos,
Valem como peditório!

Uma operação coração
Convertida em processo!
Qu’até Kafka está perplexo
C’oa fórmula da sanção!?

Há tod’a originalidade
Num processo de revista,
Cuja acção lá seja vista
Com tod’a credibilidade!

Pois a “Sábado” da Cofina
Serve como tribunal,
E o culpado como tal
É julgado por quem opina!!

Pois o Josef, como Jorge,
É suspeito dum tal crime…
Que nisto há quem o afirme
Qu’ele saiu, mas não foge!

E sem saber da razão
Desse crime “lesa pátria”,
Tem-se o Jorge como pária
Na sua própria nação!!

Pois como vencedor
Nesse clube do regime,
Se veja nisso tal crime
Porque saltou do andor?!

E na fórmula do pedido
Cuja acção virou processo,
Não se vê qualquer excesso
No valor reconvertido!?

São 14 milhões!!
E dá 1 euro por adepto!!
E nisto Kafka estava certo
Nas suas alucinações!!

Só num mundo bem “real”
Já se sabe condenado,
Sem processo formulado
E mesmo sem tribunal!!

E da culpa já formada
Se tem plena presunção,
Daí tanto milhão…
Numa pena atenuada!?

Pois a pena por limite
Não contempla o pedido,
E s’o clube ressarcido
No seu valor de clubite

Seria sanção pesada
Pois que só nas Caraíbas,
Vivem lá 300 vidas
P’la causa encarnada!

E se for na Indochina
O valor é duplicado!
Tod’o Khmer é encarnado
Nessa veia assassina…

E na ilha de Galápagos
O que vive de passarada!
Cuja quota encarnada
Está em dia, e sem encargos…

Na contagem doutra parte:
D’adeptos no Universo!
Quantos somam ao processo
Só os que vivem por Marte?

Ui, o qu’aí vai de benfica
P’lo espaço sideral!!…
E tinha kafka por brutal
A justiça sem a ética…

No processo entrevisto
Na revista e no Barreiro,
Qual deles é o primeiro
Que deu entrado no registo?

E qual é a pretensão
Neste duplo julgamento,
Se ao Jorge o aumento
Veio dessa negação?

Ah, é matéria de prazo
Diz no processo, o autor!
E traiu o empregador
Porque saiu com atraso?

E se nisso levou consigo
A tão célebre estrutura!?
O processo é a loucura:
Kafka c’o seu “inimigo”!…

Joker

Kafka

Cortesia

A cortesia abre qualquer porta
Máxima rabínica

Uma delicadeza…
Um gesto d’agrado!
Um prato “encarnado”
Sem vinho de mesa….

Com uma entrada
Mas sem o espumante!
Pois qu’à tangente
Serve-se feijoada!

Há todo um limite
Pr’a esta cortesia,
Senão pareceria
Mais qu’um convite!

Par’o Museu
Do Cosme Damião!
Qu’a agremiação
Conta como seu…

Desd’a expansão
Do plano director…
Pr’o observador
Saber da lição!

E ao analisar
A nota do árbitro,
Não perder o hábito
Do bem pontuar!

Pois qu’o pacote
Vem pr’o colectivo,
Mas é restritivo
Ao valor do dote!

Pois a refeição
Do prato-do-dia,
Não s’o serviria
Sem compensação!

É pois diminuto
O valor do brinde!
Qu’isto distingue
Quem não é corrupto!!

Pois pr’a corromper
Import’o valor,
Não vá o andor
Não ter de comer!

E um prato-do-dia
É melhor que nada!
E a feijoada
É só cortesia…

É vê-los correr
No campo, aos traques!
Tantos disparates…
Pra ter que comer?!

É por tuta-e-meia
Que se tece o manto?
E qual é o espanto
Da barriga cheia?

Se lá na Comissão
Também comem igual…
E têm por frugal
A dita refeição!?

É tudo natural
No pacote-oferta…
Que só depois d’aberta
Se sabe sempre igual…

Vem lá a camisola
Do símbolo desse clube!
E quem sabe, amiúde,
A oferta duma Cola?

A ser consumida
Ali na “Catedral”,
E não há nada de mal
S’a Coca for bebida!?…

É pura cortesia
A caixa do “Eusébio”…
Qu’isto dá provérbio
E a porta já s’abria!?

Joker

Nem só de fruta vive o Homem!

O general no seu labirinto

É dito qu’a guerra
É a diplomacia
Sem a fasquia
Qu’ela encerra

E nisso procura
Por outros meios
Ter mais morteiros
Do que cultura…

E tudo conta
No desiderato!
Ser-se cordato
Quando s’aponta?

Seja-se marechal
Ou mero soldado,
Luta-se dum lado
Contr’o outro, o mal!

E nisso tudo serve
Para se ganhar!
Que não basta lutar
Quando a luta ferve!

Há que reduzir
Essa condição:
Da humanização!
Pr’a podermos rir…

É só por piada
Esta equiparação…
Que na televisão
É algaraviada!

Teve-se por combate
Aquela “batalha”,
Como se de gentalha
S’esperasse empate!

Houve um “vencedor”
No “combate aberto”,
Pois qu’estava “certo”
Como comentador!

E era presidente
O homem da fala!
E quem é que se rala
Do ganho deprimente?

Pois chegou e disse
Sem provas ou factos,
Qu’ouviu boatos
Por coscuvilhice!

E tirou do saco
Um brinde-presente!
Do clube “diferente”,
E do dia, o prato!

Um pequeno brinde
Como recordação,
Pr’a agremiação (não perder)
Nem ao berlinde…

E nisso matou…
Mas não a “pantera”!
Mas tão só o Guerra
No qu’este (não) negou….

Chutando pr’a canto,
Lá chorou memórias!
E contou as estórias:
Que não existe manto!?

E o “presidente”
Rebentou c’o estúdio!
E só no interlúdio…
O Guerra Lhe fez frente!

Mas aí o médico
Não lhe curou as feridas,
Pois estavam prometidas
Como anestésico!

E pr’a testemunhar
Esse fim d(o)a Guerra,
O Barroso berra
Fora-do-lugar!

E de punho ao alto
Galgou a trincheira,
E não faltou asneira
Na guerra do palco…

E a TVI
Filmou em directo
Qu’o Bruno está certo
Só porque se ri!

E ao chamar o gordo
Venceu em celeuma!
Pois mudou o tema
Sem perder o todo!

Mas que general
Ali na pantalha!
Qu’isto de gentalha
Neste Portugal…

Tem honras de Tv
Em horário nobre!
E o rico e o pobre
É isto que vê!

Mas faço “mea culpa”
Pois que sou mortal…
E não de Portugal
Também vi a luta!!

E desde Cartagena
Lá pensei na porta…
A dezoito, aberta!!
E d(o) Guerra, pena!

Guerra?

(S)arillo

Foram à Argentina
Pr’a buscar o Cervi,
Mas do que li
Da origem da “platina”
Er’a pois traversa
À sua moral,
Pois de “Portugal”
Não vinh’a remessa!

Viria d’a África,
Dita equatorial!
E nada de mal
Na sua falácia…
Pois qu’a origem
Não sendo suspeita,
Dá pois mais receita
Naquilo qu’exigem!

Não gostam de fundos
D’interesses conexos,
Pois que são avessos
A esses sub-mundos…
Mas sendo angolano
O novo capital,
Só pr’o Rosário Central
O dinheiro é estranho…

Vem pois, de países,
Tidos por “estrangeiros”
Nos meios financeiros…
Por falta de directrizes!
Ond’o dinheiro em excesso
Tend’a ser lavado,
Para ser “trocado”
No valor do “processo”!

Nisto é tudo lucro,
Nesses pareceres…
E em doutos saberes
Não há valor devoluto!
Qu’o Rojo vendido
Como seu titular,
Não têm qu’o pagar(!?)
Ao fundo-bandido!!

No relatório anual
Esse resultado,
É tido e achado
Como sem igual!!
Qu’em tanta liquidez
Sem s’aprovisionar
No que se julgar
Na voz do Juiz?

Em tanta jactância
Sobr’a polidez,
Uma e outra vez…
Esta excelência:
Perdend’o argentino
Já depois do grego,
Num desassossego
Tem-se um peruano…

Vai descarrilar
Outro grande “negócio”,
Pois qu’este sócio
Não vai “renovar”!
Já qu’o empresário
Se teve em cautela,
E não vai na esparrela
Nas contas d’outro rosário…

Pois que do Carrillo
Há muita gritaria!
Qu’até s’anuncia
Vir daí o “estrilho”!!
Já qu’o “padre Inácio”
Fala dum acordo,
Que de grosso modo
Fez disso prefácio!

Ao anunciar
O acordo selado,
Num aperto dado
Como lapidar!?
Qu’o ver o Jesus
No Ritz ao almoço,
Julguei ver o moço…
‘Assinar de cruz!

Há apreensão
Em Alvalade, à banda!
E quem por lá comanda
Tem voz de “leão”…
Ruge muito alto,
Mas ninguém assusta!
E nisto quem aposta
Dar o Carrill’o salto?

Carrillo

Juízo!

Só gera riqueza,
A SAD alfacinha!
Quisera-a por minha
Em tanta certeza…
Que só gera lucro
Nas suas contas!
Perdidas as montras,
E o Euro p’lo Escudo!?

E que capitais,
Que são positivos!
Não estavam perdidos,
Dizem os jornais…
Só vinte milhões,
Que faltam na rúbrica,
Qu’a audiência pública
Não terá penalizações!

É tido por seguro,
Vencer-se o processo!
Como estava em anexo,
O dinheiro futuro…
Que perdido em Moscovo
Não deixa pois mossa,
Pois há mais quem possa
C’o dinheiro do “povo”…

Que vindo do BES
Em trajecto d’Angola,
Pr’o mundo da bola!
É jogado c’os pés!?
E reinvestido
Num clube d’élite,
Não há pois “clubite”,
No Sobrinho envolvido…

De forma directa
Tal não s’investiu!
E o relatório previu
A entrada “correcta”!
Daí o resultado,
Que resulta em vinte!
E que só por acinte
O Sobrinho é achado!

E tudo auditado,
Por casas de respeito!
Pois valeu-se o direito
Por se ter perdoado…
O dinheiro em dívida
A tod’a essa banca,
Que lhes rest’a esperança
Pr’a lhes ser devolvida…

E da conversão
S’opera o milagre!
Qu’isto de quem sabe
É o “rugir do leão”…
Pois qu’essa dívida
Convertida em capital,
Apenas social…
Já se tem por perdida!

Tod’um artefacto
Esta reestruturação!
Que só sendo campeão
Gerará resultado…
Daí o desespero
Em financiar-se Jesus,
Que de lá venh’a luz
Onde falta o Euro…

E por pura cosmética
S’omitem previsões,
Que doutras transações
Com ausência d’ética,
Resultará em prejuízo
Que não sendo “previsto”,
Só se têm por revisto
Por sentença em Juízo!

Juízo

Toque de M(é)dias

O bom vendedor
Não é pois quem vende,
É quem mais surpreende
Como promissor!

E em tais propostas
Nega-as por curtas!
Qu’as vendas estão certas,
Nas novas apostas!

E vender promessas
Por esses valores?
Que são os melhores
Vistos às travessas!

Ter o italiano
Que não joga nada…
Que a si se paga
Tão só neste ano?

Por vinte milhões
Queria-o a Roma!?
Mas é parca soma
Pr’a estes glutões!

Veja-s’o Cavaleiro
Que saiu por muito!
Mas nesse intuito
O valor é feio…

Dizem os franceses
Que foi só por três!?
É vendê-lo outra vez
A esses fregueses!

E com’o Roberto
Uma tripla venda,
Para que s’aprenda
O valor correcto!!

Queriam o Guedes?
Também só por vinte!
Pois qu’isto é acinte
Dizer “hádes, hádes”!

E o bom do Nico
Não saiu porquê?
Porque não há quem dê
Menos qu’o seu triplo?

E s’até ao Jonas
S’elevou a cláusula,
Porque quem lhe pega
Paga mais nas retomas…

E s’até o Lima
Só saiu por sete,
Foi porque s’investe
Em promessa plena…

Pois c’o esse guito
Veio o Raúl,
C’o laçarote azul
Em embrulho bonito!

Mas se por metade
E se nem chegou…
O Mendes amortizou
O valor na SAD…

E em tantas vendas
Em páginas a soldo,
Se virmos o bolo…
Sobram as emendas!!

Sim, qu’é tudo lucro
Nas vendas etéreas,
E em propostas sérias
O valor é bruto!!

É tudo certezas
De chorudos negócios!
E os pasquins são sócios
Em notícias “tesas”…

Qu’o desejo é farto
De muito lucrar…
Mas por s’apurar,
Nem um só lagarto?

Nada pois vendido
Lá por Alvalade…
Tanta mocidade
E nem um só crescido?

Um negócio visto
Como peixe graúdo!
C’o país está mudo
No qu’o Porto é disto!

Mais de cem milhões
De vendas “fictícias”,
Que mal dão notícias
Nessas comparações…

Pois no que comprou
Investiu a rodos!
E só com maus modos,
É que muito lucrou…

E por comparação
Mais vale a promessa,
Que vender “à pressa”
“Sem lucro” na mão!

E vender da equipa,
Sete jogadores!?
Muitos promissores…
Na casa dos trinta?!

É pois preferível,
Anunciar a venda,
Sem que dessa encomenda
Haja um transferível??

Tanta “Literatura”
Em ditos “jornais…
São todos iguais,
Só muda a “moldura”!

Dizem-se vanguarda,
Bíblias do desporto,
E o país está morto
S’a “imprensa” salva…

Como pois viver,
No meio da mentira,
Pr’a fingir cultura
Neste ensandecer?

Quem pois acredita
Na democracia,
Se é est’a via
De quem “a” publica?

Há nisto a lógica
Da pura verdade?
É esta a sociedade
Que transport’a ética?

Pr’a vender jornais
Tudo lá s’inventa…
E o povo aguenta
Pois disso quer mais!?

Há qu’alimentar
O sonho incessante,
Qu’até do Cristante
Se pode lucrar?

É disto que gosta
O meu povo ignaro:
Qu’o valor é caro
Mas de grande aposta…

E que vai lucrar
Pois milhões a eito,
E o negócio está feito!!
É só publicar!!?

gaitas

Monólogos

Sai uma entrevista
Pr’alimentar o ego!
Qu’o adepto é cego
Não vê essa pista…

Do grasso recado
Aos adversários:
Eles são temerários!
No Rascord, está dado!

E tudo reflecte
A sua influência:
É tudo inteligência!
O chiclas promete!

Que com ele contem
Pr’a ser campeão…
Que por exaltação
Já vence o “sportem”!

E ao outro vizinho
Lá lança as farpas;
São suas as etapas,
É dele o caminho!

Pois ninguém decide
Onde ele treina…
E se ele teima,
Quem perde é o Carnide!

Queriam decidir
Que fosse exportado,
Pr’a outro “el dorado”…
Mas decidiu resistir!

E para bancar
O seu vencimento
Com novo aumento…
É preciso emigrar?

S’é livre o dinheiro
Que vem do Sobrinho,
Pr’a quê o caminho
Que lev’ao estrangeiro?

E s’ele é competente
Cá em Portugal…
Que não há outro igual!
No valor correspondente…

Qu’o facto é ligeiro
Lá nesse “jornal”
Que é quase igual
Ao outro panfleteiro…

Que dando “notícias”
Lá muda de rumo…
E em sinais de fumo,
Nada propícias!

Pois há qu’apostar
Na “formação”,
E o homem-de-mão
Nisso pode ganhar!?

Mas se não vencer
Nas próximas épocas,
Já soam as éclogas
Deste “entardecer”…

Pois há que pensar
Já nesse futuro,
Que só por maduro
Nisso pode lucrar…

Já qu’investir
Milhões vezes nove,
Por metade que cobre
O resto por vir…

Já significa
Essa inversão,
Na política do “campeão”
benfica!!

E mesmo apurado
O saldo das vendas,
Só nas encomendas
O Cavaleiro é um achado!

Pois diz que vendeu
Por quinze milhões
D’euros cifrões!!?
O qu’então escondeu…

Pois ao declarar
A venda do Lima…
Os valores “acima”
São para pagar?

É só coerência
Nessa declaração,
Pois pr’a “Comissão”
Não há coincidência

C’o outro Roberto,
Este declarado…
Por valor inventado
Como sendo certo!

E no relatório,
Virá pois, a cifra!
Mas quem acredita
Em tal acessório?

Ah, e o Jesus
E a sua família…
E a santa homília,
E o anjo na cruz?

E o Máxi Pereira
Que foi coagido?
Qu’ele teria seguido
Não foss’a torneira…

Que tivesse secado
Ali pr’a benfica…
E a terra por rica,
Um deserto gretado…

E não for’a “branca”
Pr’os lados da luz,
Seria Jesus
O génio da lâmpada?

Haveria poder
Pr’a tal desenlace,
S’este disfarce
Se não pudesse esconder?

Ou é um acaso
Este branqueamento?
E tal acontecimento
Num soldado raso?

Tanta confluência
No fim do império,
Que sempre foi sério…
Na sua influência?

Não é d’estranhar
Estas ocorrências,
E em tais referências
A porta de par em par?

E em tanta suspeita
Nada sobressair,
Que possa aludir
Ao fim da colheita?

Pois nada de novo,
Em tais entrevistas…
Que brancas, puristas,
São obras do “polvo”

Que teima em usar
Estes “jornalistas”,
Peças d’artistas
Do bem “educar”

No qu’os “Delgados”
São a magnificência!
Basta-me a paciência
Pr’a ler tais recados…

E assim segu’o jogo
Nesta propaganda…
Pois paga quem manda,
E o resto é monólogo..

Vieiras